O Vinho

Vinhos: garrafas, rótulos e rolhas. Alguns vinhos têm garrafas de bojo achatado em forma de um disco e com gargalo curto, alguns outros vêm em garrafas de bojo quase esférico e gargalo alongado, mas, a grande maioria, se apresentam nas duas formas tradicionais de garrafas, a Bordaleza, que é longa, reta e cilíndrica, e de gargalo também longo, e a chamada Borgonhesa, que tem a parte superior cônica sem nenhum ressalto entre o bojo e o gargalo. O ressalto que a bordaleza tem do bojo cilíndrico para o gargalo facilita reter a borra depositada pelo vinho, quando este é servido. A borgonhesa, que não tem esse ressalto, é utilizada para vinhos que não deixarão resíduos.



O fundo da garrafa pode ser plano ou ter uma reentrância curta ou profunda. Essa cavidade permite um apoio para o polegar, quando se segura a garrafa pela base. Em geral as garrafas desse tipo são utilizadas para vinhos de melhor qualidade, e esse detalhe pode sinalizar um conteúdo de melhor qualidade, em relação ao produto contido nas garrafas de fundo plano.


Algumas garrafas apresentam uma goteira ao redor da boca, supostamente para evitar que gotas do vinho escorram pelo lado de fora do gargalo. Este recurso parece não aparecer nunca nas garrafas dos melhores vinhos.


O rótulo principal, chamado de frente, e o rótolo de trás, este geralmente menor, trazem muitas informações sobre o produto. Do rótulo principal consta o nome do produtor, a úva ou uvas utilizadas, a região de origem e onde o produto foi engarrafado. Se não foi utilizada uma uva específica, mas uma seleção de uvas, essa indicação poderá não aparecer no róotulo principal, ficando para o rótulo de trás.


O rótulo secundário ou de trás conterá mais detalhes sobre o fabricante e o endereço do importador, quando for o caso. Informará também sobre as uvas utilizadas, o aditivo para conservação do vinho, se algum tiver sido empregado.


A rolha é na quase totalidade dos vinhos feita de cortiça, sendo poucas as marcas que utilizam rolhas de material plástico que imita a cortiça. Com certeza os fabricantes de bons vinhos preferirá para estes o tipo tradicional, de cortiça.


A cortiça para as rolhas é produzida em Portugal. Ela é a casca do sobreiro, uma manta tão grossa quanto o comprimento de uma rolha., e que essa árvore renova a cada nove anos.


A rolha tem impresso o nome do fabricante, possivelmente as armas da família, e alguns códigos. Uma das coisas a examinar na rolha é a correspondência dos dizeres desta com os rótulos pois, no caso de vinhos caros, a garrafa rotulada poderá ser reutilizada para um vinho barato em uma falsificação grosseira, mas a rolha, inutilizada da primeira vez que foi sacada da garrafa, teria que ser substituída. Por esse motivo o garçom deve remover a ponta da capa do gargalo e abrir a garrafa na presença do cliente.


Um problema com a rolha de cortiça é que elas ressecam, perdem a aderência ao gargalo, e como resultado o ar penetra na garrafa oxidando e inutilizando o vinho. Por esse motivo as garrafas não podem ser guardados em posição vertical, nas adegas. Porém as rolhas também reagem com o vinho e podem passar gosto de cortiça para o líquido, quando a garrafa é guardada por muito tempo na posição inclinada.


Ao comprar uma garrafa de vinho é conveniente fazer pressão com o polegar sobre a rolha, para ver se ela está firmemente presa, ou se resvala alguns milimetros para dentro da garrafa, sinal de que a oxidação do vinho com certeza já aconteceu.

As fissuras das rolhas, se a capa de estanho ou alumínio não está bem ajustada, vai abrigar micro-organismos principalmente os fungos, responsáveis pela contaminação que dá ao vinho gosto de terra, ou de rolha (que pode ser confundido com cheiro semelhante provocado por fungos alojados na rolha).


R Q Cobra

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